4 filmes da cultura pop inspirados por clássicos da literatura

4 filmes da cultura pop inspirados por clássicos da literatura

Os clássicos da literatura nem sempre são atraentes à primeira vista, não é? Nada como aquele filme que você adora assistir mil vezes. Mas aí vem a surpresa: alguns desses filmes são adaptações de livros clássicos, porque, afinal, quando a obra é realmente boa, a história consegue sobreviver a vários formatos.

Vamos conferir:

10 coisas que eu odeio em você / A Megera Domada, de William Shakespeare

 

Quem não ama esse filme (de 1999) delicioso com o lendário Heath Ledger cantando “I can´t take my eyes off you” para Julia Stiles em um estádio? Ou as músicas incríveis (que eu sofria pra conseguir achar nos tempos pré-Spotify) que embalavam a trilha sonora? Pois bem, a história da dócil Bianca, que precisa arranjar um cara para sair com a sua mal-humorada e independente irmã mais velha Katherine, é adaptada do clássico de William Shakespeare, A Megera Domada.

Esse livro ainda inspirou a novela brasileira O Cravo e a Rosa (2000), com Adriana Esteves e Eduardo Moscovis, quem lembra? Por incrível que pareça, hoje eu não considero Katherine tão megera assim. Antes mesmo do feminismo alcançar a cultura pop, esse filme inseriu a temática, que acabou sendo eclipsada pelo fato de a moça ser uma pessoa difícil. Mas, gente, quem pode condená-la? Os caras do colégio dela era ridiculamente machistas!

É por isso que eu ainda considero essa uma das melhores adaptações de Shakespeare. É Sessão da Tarde? É sim. Tem os clichês de filmes adolescentes? Tem, sim. Mas tem grandes atores no comecinho da carreira, uma trilha sonora sensacional e cenas que sempre vão marcar a nossa (pelo menos, a minha) memória afetiva cinematográfica.

Segundas Intenções / Ligações Perigosas, de Chordelos de Laclos

Esses é um dos melhores filmes da cultura pop que 1999 lançou! Sexy sem ser vulgar, com uma trilha sonora incrível, ambientado no descolado Upper East Side em NY e estrelado por um elenco fabuloso (Sarah Michelle Gellar e Reese Witherspoon, minha gente!), Segundas Intenções nem de longe parece a adaptação de uma obra de 1872!

Ligações Perigosas, de Chordelos de Laclos, é um romance epistolar (ou seja, os personagens se comunicam por cartas) que conta a história da Marquesa de Merteuil e do Visconde de Valmont, ex-amantes que se dedicam a manipular as pessoas ao seu redor até que o homem se apaixona por uma jovem inocente. Já ouviu isso antes? No filme, Kathryn e Sebastian fazem uma aposta de que ele não conseguirá seduzir a inocente Annette, mas ele acaba se apaixonando por ela.

A história ainda ganhou uma adaptação na minissérie brasileira Ligações Perigosas em 2016. Já Segundas Intenções ganhou mais dois filmes (bem fraquinhos e mais apelativos), sendo um deles estrelado por uma Amy Adams iniciante.

As Patricinhas de Beverly Hills / Emma, de Jane Austen

Os looks icônicos de Alicia Silverstone já ganharam a moda novamente, o que prova que esse é um dos melhores filmes da cultura pop! À primeira vista, não dá pra relacionar com Jane Austen. Mas uma boa adaptação não é dependente do material fonte para desenvolver sua própria narrativa!

Cher, assim como Emma, é uma garota popular e esperta que planeja separar sua nova amiga de um pretendente indesejado e juntá-la com um cara que possa ser realmente interessante para ela. Viu só? Até o mocinho é um cara sensato que é próximo do pai dela (sem ser da idade dele).

As maquinações de Emma já ganharam um filme com Gwyneth Paltrow, uma websérie transmidiática chamada Emma Approved e um lugar na novela Orgulho e Paixão (2018), que reunia as histórias de Jane Austen.

O Diário de Bridget Jones / Orgulho e Preconceito, de Jane Austen

Falando em Jane Austen, olha aí mais uma adaptação nada convencional das obras dela. Lançado em 2001, ele é baseado no livro de Helen Fielding, que, por sua vez, é inspirado em Orgulho e Preconceito, da maravilhosa Jane Austen. Só troque os campos verdejantes de Netherfield pelas ruas lotadas de Londres e a mocinha sensata por uma protagonista divertidíssima.

As desventuras amorosas de Bridget Jones são vividas por Renée Zellwegger, enquanto o famoso triângulo amoroso é formado por Colin Firth (que também interpretou o Sr. Darcy em uma emblemática minissérie da BBC) e Hugh Grant (que já tinha vivido o mocinho Edward Ferrars em uma adaptação clássica de Razão e Sensibilidade, outra obra da autora).

O filme também marcou por não levar uma mulher magérrima como protagonista e mostrar que não é preciso se espremer em padrões da sociedade para conseguir viver uma história de amor. Além desse filme, Orgulho e Preconceito ganhou uma adaptação inesquecível em 2005 com Keira Knightley, uma websérie transmidiática chamada The Lizzie Bennet Diaries e a novela brasileira Orgulho e Paixão.

Esses são os que mais me marcaram, mas há vários outros filmes da cultura que são adaptações de clássicos! Agora quero saber: qual filme marcante que você conhece que foi adaptado de uma obra clássica? Comenta aqui embaixo 🙂

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